Hanseníase
No Brasil esta data possui um significado importante, pois segundo o Ministério da Saúde a taxa de prevalência de hanseníase caiu 68% nos últimos dez anos, passando de 4,52, em 2003, para 1,42 por 10 mil habitantes, em 2013, resultado da intensificação das ações voltadas para a eliminação da doença. A Hanseníase é considerada endêmica em todo o país, com maior incidência em cinco estados: Pará, Maranhão, Tocantins, Mato Grosso e Pernambuco. Embora os municípios afetados com níveis hiperendêmicos estejam no entorno da Amazônia brasileira, Santa Catarina e outros estados do Sul e Sudeste estão classificados com o nível de média endemicidade no contágio com hanseníase. No Estado de Santa Catarina, conforme dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) da Secretaria de Estado da Saúde, em 2012, foram diagnosticados 204 novos casos e em 2013, 147. Outra informação relevante é que o Estado de Santa Catarina obteve um percentual de 92% de cura, conforme divulgado pelo Ministério da Saúde.
Em Caçador, é realizado o registro anual dos casos da doença, sendo que ao longo dos anos, até o presente momento foram notificados 113. Atualmente o serviço de Vigilância Epidemiológica realiza acompanhamento e tratamento de 03 novos casos no município.
DETECÇÃO E TRATAMENTO A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, cujo principal agente etiológico é o Mycobacterium leaprae. A doença é transmitida de uma pessoa doente que não esteja em tratamento para uma pessoa saudável suscetível. A hanseníase tem cura, mas pode causar incapacidades físicas se o diagnóstico for tardio ou o tratamento não for realizado adequadamente, pelo período preconizado, já que atinge pele e nervos.
O Serviço de Vigilância Epidemiológica recomenda que as pessoas procurem o serviço de saúde ao aparecimento de manchas, de qualquer cor, em qualquer parte do corpo, principalmente se essa mancha apresentar diminuição de sensibilidade ao calor e ao toque. Após iniciado o tratamento a pessoa para de transmitir a doença quase que imediatamente.
Além do diagnóstico, o SUS oferece tratamento para hanseníase. A poliquimioterapia (PQT), uma associação de medicamentos que evita a resistência do bacilo deve ser administrado por seis meses ou um ano a depender do caso. Os pacientes deverão ser submetidos, além do exame dermatológico, a uma avaliação neurológica simplificada e sempre receber alta por cura. Nos últimos dez anos, a taxa de cura da doença no país aumentou 21,2%. Em 2003, 69,3% das pessoas que faziam tratamento para hanseníase se curaram. Já em 2014, esse número saltou para 84%.
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